TRAJETÓRIA ARTÍSTICA

Aprendi com os Mestres de luz que a proteção espiritual não nos poupa dos aprendizados. A proteção espiritual nos fortalece naquilo que é eterno. Naquilo que o tempo não leva, que a traça não come, que o ladrão não rouba.

Diógenes Lima - Educador Performer Coreógrafo Bailarino

Graduado em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Diógenes Lima inicia sua trajetória artística no Grupo Dança da UFRJ, atualmente Cia de Dança Helenita Sá Earp, depois de um reconhecido período como pesquisador e intérprete de dita companhia. 



Dentre suas inúmeras participações em eventos nacionais e internacionais como integrante do Grupo Dança da UFRJ, destaca-se o I Simpósio Internacional do Evento Cuballet - DF - México / 1991, abertura do I Congresso Latino Americano de Educação - RJ / 1992, a ECO 92, as edições de 1991 e 1993 do Festival Internacional de Dança de Joinville - SC, o II Encuentro Latino Americano de Danza Contemporânea - UNAM - México / 1992 e a Oficina de Dança da Bahia em 1993.

Em 1993 é convidado pelo Comitê Internacional de Dança e Teatro ITI - UNESCO para representar o Brasil no Congresso Mundial de Bailarinos realizado em Munique - Alemanha. 

No ano de 1994 fixa residência na capital da República Mexicana. 

Após um período dedicado ao ensino de técnicas de dança contemporânea em centros culturais e academias da Cidade do México, cria a Ávidus Cia de Dança que, utilizando a linguagem contemporânea do movimento em suas obras coreográficas, leva para os palcos o resultado de suas investigações, marcando assim o início de seu trabalho como coreógrafo independente. 

Em 1995 é selecionado pelo Instituto Nacional de Belas Artes da República Mexicana para o II Concurso Intercontinental de Dança Contemporânea da Cidade do México com a coreografia “Morfogenesis”. Neste mesmo ano, assume a convite da Promotora y Operadora del Sur Mexicano a direção artística da discoteca Medusa’s na Cidade do México, considerada na ocasião por MTV World uma das dez melhores discotecas do mundo devido ao vanguardismo e ecletismo de suas propostas artísticas assinadas por coreógrafos internacionais.



No ano de 1996 substitui a direção artística de Medusa’s pela direção artística do grupo musical Caccia. Neste mesmo ano protagoniza o curta-metragem “Cascarin”, dirigido por Rogelio Villanueva e Everardo Gonzales, dois jovens e premiados cineastas mexicanos.

Depois de mais uma participação junto à Ávidus Cia de Dança no III Concurso Intercontinental de Dança Contemporânea da Cidade do México com a coreografia “Imágenes del Sendero - Religare”, retorna ao Brasil em 1997 com a proposta solo Di Duo Genesis Dança/Teatro, premiada no Internacional Dance Festival de Novo Hamburgo - RS com o 1º lugar na categoria solo contemporâneo com a coreografia “Fome no Esquecimento”.

Em junho de 1998 apresenta no Teatro do Café de La Danse no Rio de Janeiro o espetáculo “Morfus Mutantis”. Neste mesmo ano assume a Co-Coordenação da Rede Cultural do CEASM ( Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré ) onde cria o “Amar é Dança/Teatro”, primeiro grupo infantil de dança/teatro da Maré. 



Em 1999, dando continuidade à difusão e à promoção da Linguagem da dança contemporânea na comunidade, Diógenes Lima inicia a base de inserção sócio-cultural e artística da dança na Maré. No plano educacional através das Oficinas de Dança e Expressão Corporal ministradas nas Escolas e Cieps da Rede Municipal de Ensino contempladas com o Programa de Crianças Petrobrás nos primeiros anos de sua estruturação/consolidação; no plano artístico através de intervenções performáticas e propostas de cunho cultural e artístico desenvolvidas na Maré que fundamentadas na linguagem contemporânea da Dança/Teatro buscavam a inserção da comunidade no contexto mais amplo de nossa sociedade a partir da afirmação de nossa identidade e cidadania, e da valorização de nossa memória cultural. 


 
Destacando o valor da Arte, aqui no caso a da Dança enquanto complementação pedagógica na formação do educando, realiza uma série de apresentações comunitárias com o “Amar é Dança/Teatro” nos Cieps e no Ceasm da coreografia “Vai Brasil”, primeiro trabalho resultante das vivências e experimentações corporais desenvolvidas com o grupo. Deste período destacam-se também as apresentações fora da comunidade nas Faculdades Integradas Castelo Branco, na tenda de eventos da Fundação Oswaldo Cruz no evento Fiocruz pra Você e no Encontro de Experimentação Didática do Departamento de Arte Corporal da EEFD da UFRJ.

No ano 2000 integra a equipe técnica do espetáculo, “Mãe gentil” – Mega-Projeto do Coreógrafo Paulista Ivaldo Bertazzo que patrocinado pela Petrobrás, pelo SESC e pelo Comunidade Solidária absorve/engole o projeto comunitário “Amar é dança” e os alunos da Oficina de Dança e Expressão Corporal do Programa de Crianças Petrobrás projetando a Maré e seu idealizador no contexto sócio-cultural e artístico do nosso país.

Neste mesmo ano, Diógenes Lima inicia a pesquisas temáticas e corporais que culminaram com a montagem da Série de Intervenções Urbanas “Um corpo em movimento exercitando a cidadania” composta de duas performances: “fome” realizada no Hemisfherich Institut Of Performance/ UNIRIO – 2000 e “Sob o domínio do medo”, realizada na Rio Trajetórias – Interferências Urbanas em 2001.



Neste mesmo ano é aprovado em concurso público para ministrar aulas de técnicas de dança contemporânea no Bacharelato em Dança da UFRJ participando também como ensaiador/bailarino do Corpo de Dança da Maré no espetáculo “Folias Guanabaras”, segunda temporada de sucesso do Corpo de Dança da Maré.
Em 2002 integra como ensaiador/bailarino mais uma vez a equipe técnica da montagem do espetáculo “Dança das marés”, último trabalho realizado com o Corpo de Dança da Maré pelo coreógrafo paulista Ivaldo Bertazzo.

Consciente da impossibilidade de continuidade do projeto “Mãe Gentil”, pelo menos nos moldes anteriores, apresenta ao Ceasm em dezembro de 2002 o projeto “Maré – um corpo em movimento exercitando a cidadania” que visava dar continuidade às vivências sócio-culturais e artísticas do grupo, tanto a partir da releitura de técnicas e linguagens experimentadas nesses três anos de parceria com o coreógrafo paulista Ivaldo Bertazzo, quanto a partir de novas experimentações e possibilidades corporais vividas na Oficina na perspectiva de construção de uma linguagem artística que nos identificasse, nos projetasse e nos integrasse ao contexto social mais amplo com ética e respeito a nossas reais necessidades sócio-culturais e artísticas.

Da oficina resulta “Imagens Dali” – mini-espetáculo montado com o Corpo de Dança da maré que marca o retorno da essência “dancística” do trabalho comunitário iniciado em 1998 com a criação/formação do “Amar é Dança/Teatro”. 

Impedido por motivos políticos de compartilhar a experiência/vivência estético-social “Imagens Dali” com a comunidade de maneira geral a partir da extensão do projeto “Maré – Um Corpo em Movimento Exercitando a Cidadania” desenvolvido com o Corpo de Dança da Maré ; Diógenes Lima decide retomar as pesquisas/experimentações estéticas de sua proposta artística solo, batizando o novo trabalho como Diogeneses Performer and Dancer.




Em maio de 2004 realiza a abertura do “V Debate Lazer e Esporte” apresentando no evento as performances “Medusa Tecnopop” e “Dulei – O duende da Alegria”. 

Em 2005 é premiado com o Iº lugar no concurso de Fantasias do Hotel Glória – originalidade masculina com a fantasia/performance “Mãe África chora seus filhos” e recria o “Amar é Dança”, A Cia de Dança Teatro formada por crianças e adolescentes da Maré. Cria a coreografia “Traficando Cultura”.

Em 2006 fica em 2º lugar no Concurso de Fantasias do Hotel Glória também na categoria originalidade masculina com a fantasia/performance “A Lacrimosa chora saudades de Bornay e Emilinha” e cria com o “Amar é Dança” a coreografia “A Cara do Brasil”.

Em 2007 cria a premiada coreografia “O Elixir da Vida” com o “Amar é Dança”. 



Em 2008 é premiado com o 2º lugar no Concurso de Fantasias do Hotel Glória também na categoria originalidade masculina com a fantasia/performance “A Justiça Brasileira” e finaliza a remontagem do espetáculo “Imagens Dali” com a Cia de Dança da Maré apresentado no auditório da Faculdade do CCAA no Rio de Janeiro.

Em 2009 cria a coreografia “Eu Nasci Aqui” com o “Amar é Dança” e é selecionado pela Comissão Tripartite MEC, Minc, OEI para representar o Brasil no Congresso Internacional de Arte/Educação no México em outubro de 2010 sendo convidado pela Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro para coordenar o Núcleo de Dança do projeto Bairro Educador Maré e cria o Blog Um Filho da Mãe Gentil onde dinamiza o relato de suas experiências enquanto arte educador performer coreógrafo bailarino.

Saiba mais em Crônicas de Um Favelado.